By Elaine Averbuch Neves

Sou como você me vê. Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania. Depende de quando e como você me vê passar.

– Clarice Lispector -

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quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Sejam bem-vindos(as)!!!!

Dia Mundial da Alfabetização
No dia 8 de setembro comemora-se o Dia Mundial da Alfabetização, que é o processo no qual o indivíduo desenvolve habilidades de leitura e de escrita, através da identificação de códigos de escrita. No entanto, esse processo não consiste apenas na capacidade de ler e escrever, mas de interpretar, compreender, criticar e produzir conhecimento. Existe também o analfabeto funcional, ou seja, aquele que é incapaz de compreender, interpretar, sendo apenas capaz de juntar palavras e textos.
Muita se fala hoje em dia sobre alfabetização e letramento. Alfabetização e letramento são processos distintos, porém interdependentes, indissociáveis e simultâneos. Alfabetização é codificação e decodificação, letramento é ter-se apropriado da escrita , o que é bem diferente de ter aprendido a ler e escrever.Letramento é condição de quem interage com diferentes portadores de leitura e escrita; diferentes gêneros e funções da leitura e escrita em nossa vida.
O índice de cidadãos alfabetizados de um país indica o nível de desenvolvimento do mesmo. Quanto mais pessoas analfabetas, menos desenvolvimento. Isso faz com que governantes procurem favorecer suas estatísticas, criando projetos que melhorem essas taxas, mas não garantem o aprendizado, como a educação por ciclos, onde os alunos não podem repetir o ano, sendo aprovados para as séries seguintes, mesmo apresentando grandes deficiências.
Os métodos mais utilizados no processo de alfabetização normalmente levam os nomes de seus precursores. Jean Piaget, Montessori, e Paulo Freire são exemplos disso.

A comemoração da data no Brasil acontece desde 1930, no dia 14 de novembro, data da fundação do Ministério da Educação e Saúde Pública. Foi uma importante conquista do governo de Getúlio Vargas, que havia acabado de tomar posse.
Há, no mundo, cerca de 880 milhões de adultos que não sabem ler nem escrever. O desenvolvimento econômico, o progresso social e a liberdade dos seres humanos dependem do estabelecimento de um nível básico de alfabetização em todos os países do mundo. A população de analfabetos absolutos de nosso país ultrapassa o número de 16 milhões. Além desses índices, existem as pessoas com mais de quinze anos que não permaneceram por quatro anos nas escolas, consideradas analfabetas funcionais – lêem, mas não interpretam, numa margem de trinta milhões de brasileiros. Fala-se em alfabetização básica, quando uma pessoa sabe ler, escrever e conhece as principais regras de cálculo. Segundo a UNESCO, uma pessoa é analfabeta quando não consegue ler ou escrever uma pequena frase sobre sua vida. No entanto, aos números mencionados acima, podemos adicionar as centenas de milhões de "analfabetos funcionais", pessoas que sabem ler e escrever uma frase simples, mas não vai muito além disso. Por exemplo, não sabem preencher um formulário, interpretar um artigo de jornal ou usar os números no dia-a-dia.

As grandes incidências de analfabetismo em um país o deixa mais propenso a aceitar as imposições dos governantes, assim como dos meios de comunicação de massa, pois essa parte da população torna-se despreparada para compreender os problemas sociais e lutar por seus direitos enquanto cidadãos.
Talvez a definição mais correta de alfabetização seja do pedagogo brasileiro Paulo Freire: "A alfabetização é mais, muito mais, que ler e escrever. É a habilidade de ler o mundo, é a habilidade de continuar aprendendo e é a chave da porta do conhecimento".
Segundo Paulo Freire, tudo começa com a alfabetização,ela é a chave do conhecimento, pois alfabetizar não é apenas um ato de decodificação, significa muito mais, é saber ler o mundo nas entrelinhas, é estar aberto à aprendizagem.
Podemos concluir ainda que,  longe dos centros formalizados, a alfabetização se concretiza com a interação social. Por esta vertente pensar-se-á, além dos livros, também em liberdade.
A alfabetização é um processo amplo e contínuo, que não se limita a ler e escrever. O indivíduo alfabetizado possui habilidades de ler o mundo,isto é, tem visão da realidade e está bem informado sobre os acontecimentos atuais, além de ter consciência de que,  para se inserir em sociedade,  é preciso estar sempre aprendendo, se renovando, se reciclando. É necessário estar atualizado e saber lidar com a tecnologia. Do contrário, estaremos excluídos do mundo moderno. A alfabetização, sem dúvida, é a chave do conhecimento.
 
Sabe-se que alfabetizar não é só saber ler ou escrever. É ter a plenitude do conhecimento; saber interpretar intelectualmente, socialmente e culturalmente dentro de uma perspectiva da vida em sociedade.
Paulo Freire, visualiza uma educação integrante como um processo de formação de verdadeiros transformadores, capazes de tentar mudar o mundo.
Alfabetizar é sobreviver numa sociedade que transforma radicalmente as suas condições naturais de vida.
Como diz o mestre Paulo Freire: “A educação sozinha não transforma a sociedade; sem ela tampouco a sociedade muda”.

Fontes: 

              


 
A educação é a luz na estrada triste e escura da ignorância.
E Lembrem-se, as mudanças acontecem “De dentro pra fora!”


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